sábado, 25 de junho de 2011

A Dama de Ferro


A dama de ferro é um instrumento de tortura e execução. Esse nome corresponde ao original germânico Eiserne Jungfrau e o instrumento consiste em uma cápsula de ferro, com uma fronte esculpida, suficientemente alta para enclausular um ser humano. Possui dobradiças e abre como um ataúde. Usualmente, existem pequenas aberturas por onde o suposto torturado ou condenado pudesse responder ao interrogador ou sofrer ferimentos através de facas ou pregos. No interior da cápsula havia cravos de ferro que perfuravam o corpo do aprisionado mas não atingiam órgãos vitais. Este perderia sangue ou mesmo agonizaria por asfixia.

A "dama de ferro" é tida como própria da Idade Média, mas há estudos que afirmam não ter sido a mesma inventada antes do século XVIII. Não se conhecem exemplares de "damas de ferro" anteriores a 1793, quando os aparelhos de tortura medieval foram catalogados em atendimento à fascinação de colecionadores do macabro.

Um famoso exemplar de "dama de ferro", conhecida como dama de ferro de Nuremberg ou "Virgem de Nuremberg", surgiu por volta de 1802. Tinha um formato antropomórfico e representaria em estilo gótico primitivo a figura de Maria, a mãe de Jesus, com uma face piedosa.

A original se perderia durante o bombardeio aliado em 1944. Uma cópia proveniente do "Castelo Real de Nuremberg", foi vendida para Charles Chetwynd-Talbot em 1890, juntamente com outros aparelhos de tortura, e, após ser exibida em Chicago, 1893, seria levada para uma tour americana. A cópia foi autenticada no início dos anos de 1960 e agora faz parte do Museu Medieval do Crime da cidade de Rothenburg ob der Tauber.

Historiadores concordam que Johann Philipp Siebenkees criou uma história falsa em 1793. Conforme escreveu Siebenkees, o aparelho foi usado pela primeira vez em 14 de agosto de 1515, para executar um falsificador de moedas.

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