domingo, 28 de agosto de 2011

Mobilização Guy Fawkes


Atenção meus amigos surgiu uma organização que o principal objetivo é lutar contra a corrupção neste pais, lutar contra as leis corruptas e ajudar a população a ter uma voz contra o governo que ajuda os poderosos e deixa os mais humildes nas mãos da pobreza e da criminalidade

No próximo dia 7 de Setembro,haverá uma manifestação nas principais capitais do pais contra a corrupção e contra todo sistema que ameaça a dignidade humana, será um movimento pacífico.

A manifestação será um alerta aos governantes para que eles vejam que não estamos dormindo e que estamos de olho no dinheiro que eles estão desviando,dinheiro que seria usado na educação,na segurança no bem estar de cada um de nós.

Muitas pessoas vão estar usando a máscara de Guy Fawkes, conhecida no filme V de vingança.

Uma mobilização está acontecendo também em todas as redes sociais, no dia 7 de Setembro milhões de pessoas vão trocar suas fotos de perfis pela foto da máscara de Guy Fawkes.

Algo que parece insignificante mas quando muitas pessoas se unem em torno de um objetivo passa a não ser mais tão insignificante, mesmo que você não tenha o menor interesse em colaborar, mesmo que você ache que a corrupção e as injustiças são coisas que não te afetam,ajude por favor!

Troque sua foto por uma foto da mascará do famoso filme V de vingança, e se quiser mude também sua frase pode colocar ”Vamos lutar contra a corrupção” ou qualquer outra frase que desejar.

Mesmo que você não perceba você está sendo roubado, sua família está sendo roubada, pelos poderosos deste pais. Diga não a tudo isto.

Vamos fazer algo para que nossos filhos e nós mesmos tenhamos um pais melhor!



Obrigado!!!

quinta-feira, 25 de agosto de 2011

Poluição do Rio Tietê


Não faz muito tempo que o rio Tietê se tornou poluído. Ainda na década de 1960, o rio tinha até peixes no seu trecho da capital. Porém, a degradação ambiental do rio Tietê teve início de maneira sutil na década de 1920, com a construção da represa de Guarapiranga, pela empresa canadense Light, para posterior geração de energia elétrica nas usinas hidrelétricas Edgar de Souza e Rasgão, localizadas em Santana de Parnaíba. Esta intervenção alterou o regime de águas do rio na capital e foi acompanhada de alguns trabalhos de retificação também pela Light, que deixaram o leito do rio na área da capital menos sinuoso, nas regiões entre Vila Maria e Freguesia do Ó.

Porém, ainda nas décadas de 1920 e 1930, o rio era utilizado para pesca e atividades desportivas: eram famosas as disputas de esportes náuticos no rio. Nesta época, clubes de regatas e natação foram criados ao longo do rio, como o Clube de Regatas Tietê e Espéria, clubes que existem até hoje.
Marginal Tietê, com o rio Tietê, em São Paulo

O processo de degradação do rio por poluição industrial e esgotos domésticos no trecho da Grande São Paulo tem origem principalmente no processo de industrialização e de expansão urbana desordenada ocorrido nas décadas de 1940 a 1970, acompanhado pelo aumento populacional ocorrido no período, em que o município evoluiu de uma população de 2 000 000 de habitantes na década de 1940 para mais de 6 000 000 na década de 1960.

Esse processo de degradação a partir da década de 1940 também afetou seus principais afluentes, como o rios Tamanduateí e Aricanduva, sendo no primeiro particularmente mais perigoso, pois o Tamanduateí trazia da região do ABC os esgotos industriais das grandes fábricas daquela região. A política de permitir uma grande expansão do parque industrial de São Paulo sem contrapartidas ambientais acabou por inviabilizar rapidamente o uso do rio Tietê para o abastecimento da cidade e inclusive para o lazer.

A partir das décadas de 1960 e 1970, a falta de vontade política dos então governantes, aliada a uma certa falta de consciência e educação ambiental da população (agravadas pela ditadura militar) anulou qualquer iniciativa em gastar recursos em sua recuperação, o que aliado à crescente demanda (fruto da expansão econômica e populacional da cidade), degradou o rio a níveis muito intoleráveis nas décadas de 1980.

Na década de 1980, o governo do estado contratou os estudos do SANEGRAN (Saneamento da Grande São Paulo), efetuados pela ENGEVIX, sob a coordenação do engenheiro sanitarista Jorge Paes Rios, todavia as obras não foram executadas devido aos enormes custos e a falta de vontade política.

Em setembro de 1990, a Rádio Eldorado fez um programa especial ao vivo, com dois repórteres: um, da própria Rádio Eldorado, estava em São Paulo, navegando pelo rio Tietê e comentando sobre a poluição e deterioração das águas: o outro, do serviço brasileiro da emissora de rádio britânica BBC, navegava nas águas límpidas e despoluídas do rio Tâmisa de Londres, Inglaterra, comentando sobre a qualidade daquele rio, que passou por um processo de recuperação desde a década de 1950.

Tal programa de rádio provocou grande repercussão em outros órgãos de imprensa, principalmente o jornal O Estado de S. Paulo, do mesmo grupo da rádio.

Uma organização não governamental, Núcleo União Pró-Tietê, liderada por Mário Mantovani, foi criada, canalizando a pressão popular por um rio mais limpo. A sociedade civil chegou a colher mais de um milhão de assinaturas, um dos maiores abaixo-assinados já realizados no país.

Projeto Tietê

Diante de tais pressões populares, em 1991, o governador de São Paulo Luiz Antonio Fleury Filho, ordenou à Sabesp - empresa de saneamento básico do estado, que se comprometesse a estabelecer um programa de despoluição do rio. O estado buscou recursos junto ao Banco Interamericano de Desenvolvimento - o BID e montou um projeto de recuperação do rio, baseado nos estudos anteriores do SANEGRAN. A difícil tarefa de acabar com a poluição gerada por esgotos na Região Metropolitana de São Paulo recebeu o nome de Projeto Tietê. Na ocasião, o então governador havia dito que, ao final do seu mandato, beberia um copo d'água do Tietê. Não é um projeto exclusivamente governamental, já que conta com intensa participação de organizações da sociedade civil. Atualmente, o Projeto Tietê é o maior projeto de recuperação ambiental do país.
Poluição visível nas águas do rio, em sua passagem por Santana de Parnaíba, oeste da Região Metropolitana de São Paulo

Passados quase vinte anos, a despoluição do rio Tietê ainda está muito aquém dos níveis desejados, mas já foram feitos progressos animadores. No final da década de 1990, a capacidade de tratamento de esgotos foi ampliada: a Sabesp realizou a ampliação da capacidade de tratamento da Estação de Tratamento de Esgotos de Barueri, a vinte quilômetros a jusante do município de São Paulo e inaugurou as estações de tratamento de esgoto Parque Novo Mundo, São Miguel e ABC, que ficam a montante do município de São Paulo.

No início do programa, o percentual de esgotos tratados em relação aos esgotos coletados não ultrapassava os vinte por cento na região Metropolitana de São Paulo. Em 2004, esse percentual estava em 63% (incluindo tratamento primário e secundário). Espera-se que, até o final do programa, esse índice alcance os noventa por cento. Atualmente, o programa está em sua terceira fase.

A mancha de poluição do rio Tietê, que, na década de 1990, chegou a cem quilômetros, tem se reduzido gradualmente no decorrer das obras do projeto Tietê.

Por outro lado, é preciso lembrar que ao longo de todo o rio, fora da região Metropolitana, todos os municípios da bacia possuem coleta de esgotos mas nem todos têm seus esgotos devidamente tratados, o que mostra que muito ainda há para ser feito.

Além do tratamento de esgoto (com construção de ligações domiciliares, coletores-tronco, interceptadores e estações de tratamento de esgotos), o programa de despoluição do Tietê também foca no controle de efluentes das indústrias.

De acordo com o governo estadual, através da Cetesb, agência ambiental paulista, mil e duzentas indústrias, correspondente a noventa por cento da carga poluidora industrial lançada no rio Tietê, aderiram ao projeto e deixaram de lançar resíduos e toda espécie de contaminantes no curso d'água.[carece de fontes]

Desde o início do programa de despoluição em 1992, já foram gastos mais de 1 500 000 000 dólares estadunidenses.

Porém, segundo especialistas em saneamento ambiental e engenharia, apesar dos investimentos efetuados, a poluição difusa da região metropolitana, composta por chuva ácida, poeiras, lixo e resíduos de veículos (vazamentos de fluidos de óleos, resíduos de pastilhas de freios, entre outros) continuará indo para as galerias de águas pluviais sem tratamento, pois esta rede não está conectada com a rede de esgotos: o rio, depois de todo o projeto de despoluição implantado, apresentará indicadores técnicos e ambientais muito superiores aos atuais, porém esteticamente a percepção da qualidade das águas não será tão grande por parte da população, sendo necessário um trabalho de esclarecimento à população.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Muro de Berlim



O Muro de Berlim (em alemão Berliner Mauer) era uma barreira física, construída pela República Democrática Alemã (Alemanha Oriental) durante a Guerra Fria, que circundava toda a Berlim Ocidental, separando-a da Alemanha Oriental, incluindo Berlim Oriental. Este muro, além de dividir a cidade de Berlim ao meio, simbolizava a divisão do mundo em dois blocos ou partes: República Federal da Alemanha (RFA), que era constituído pelos países capitalistas encabeçados pelos Estados Unidos; e República Democrática Alemã (RDA), constituído pelos países socialistas simpatizantes do regime soviético. Construído na madrugada de 13 de Agosto de 1961, dele faziam parte 66,5 km de gradeamento metálico, 302 torres de observação, 127 redes metálicas electrificadas com alarme e 255 pistas de corrida para ferozes cães de guarda. Este muro provocou a morte a 80 pessoas identificadas, 112 ficaram feridas e milhares aprisionadas nas diversas tentativas de o atravessar.

A distinta e muito mais longa fronteira interna alemã demarcava a fronteira entre a Alemanha Oriental e a Alemanha Ocidental. Ambas as fronteiras passaram a simbolizar a chamada "cortina de ferro" entre a Europa Ocidental e o Bloco de Leste.

Antes da construção do Muro, 3,5 milhões de alemães orientais tinham evitado as restrições de emigração do Leste e fugiram para a Alemanha Ocidental, muitos ao longo da fronteira entre Berlim Oriental e Ocidental. Durante sua existência, entre 1961 e 1989, o Muro quase parou todos os movimentos de emigração e separou a Alemanha Oriental de Berlim Ocidental por mais de um quarto de século.

Durante uma onda revolucionária que varreu o Bloco de Leste, o governo da Alemanha Oriental anunciou em 9 de novembro de 1989, após várias semanas de distúrbios civis, que todos os cidadãos da RDA poderiam visitar a Alemanha Ocidental e Berlim Ocidental. Multidões de alemães orientais subiram e atravessaram o Muro, juntando-se aos alemães ocidentais do outro lado, em uma atmosfera de celebração. Ao longo das semanas seguintes, partes do Muro foram destruídas por um público eufórico e por caçadores de souvenirs, mais tarde, equipamentos industriais foram usados para remover quase todo da estrutura. A queda do Muro de Berlim, abriu o caminho para a reunificação alemã, que foi formalmente celebrada em 3 de outubro de 1990. Muitos apontam este momento também como o fim da Guerra Fria. O governo de Berlim incentiva a visita do muro derrubado, tendo preparado a reconstrução de trechos do muro. Além da reconstrução de alguns trechos está marcado no chão o percurso que o muro fazia quando estava erguido.

Construção do muro

Os planos da construção do muro eram um segredo do governo da RDA. Poucas semanas antes da construção, Walter Ulbricht, líder da RDA na época, respondeu assim à pergunta de uma jornalista da Alemanha Ocidental:
Cquote1.png Vou interpretar a sua pergunta da maneira que na Alemanha Ocidental existem pessoas que desejam que nós mobilizemos os trabalhadores da capital da RDA para construir um muro. Eu não sei nada sobre tais planos, sei que os trabalhadores na capital estão ocupados principalmente com a construção de apartamentos e que suas capacidades são inteiramente utilizadas. Ninguém tem a intenção de construir um muro!

Assim, Walter Ulbricht foi o primeiro político a referir-se a um muro, dois meses antes da sua construção.

Os governos ocidentais tinham recebido informações sobre planos drásticos, parcialmente por pessoas de conexão, parcialmente pelos serviços secretos. Sabia-se que Walter Ulbricht havia pedido a Nikita Khrushchov, numa conferência dos Estados do Pacto de Varsóvia, a permissão de bloquear as fronteiras a Berlim Ocidental, incluindo a interrupção de todas as linhas de transporte público.
Construção do muro em 1961.

Depois desta conferência, anunciou-se que os membros do Pacto de Varsóvia intentassem inibir os actos de perturbação na fronteira de Berlim Ocidental, e que propusessem implementar um guarda e controle efectivo. Dia 11 de Agosto, a Volkskammer confirmou os resultados desta conferência, autorizando o conselho dos ministros a tomar as medidas necessárias. O conselho dos ministros decidiu dia 12 de Agosto usar as forças armadas para ocupar a fronteira e instalar gradeamentos fronteiriços.

Na madrugada do dia 13 de Agosto de 1961, as forças armadas bloquearam as conexões de trânsito a Berlim Ocidental. Eram apoiadas por forças soviéticas, preparadas à luta, nos pontos fronteiriços para os sectores ocidentais. Todas as conexões de trânsito ficaram interrompidas no processo (mas, poucos meses depois, linhas metropolitanas passavam pelos túneis orientais, mas não servindo mais as estações fantasma situadas no oriente).

Reações
Alemanha ocidental

Ainda no mesmo dia, o chanceler da Alemanha ocidental, Konrad Adenauer, dirigiu-se à população pelo rádio, pedindo calma e anunciando reações ainda não definidas a serem colocadas junto com os aliados. Adenauer tinha visitado Berlim havia apenas duas semanas. O Prefeito de Berlim, Willy Brandt, protestou energicamente contra a construção do muro e a divisão da cidade, mas sem sucesso. No dia 16 de Agosto de 1961 houve uma grande manifestação com 300 000 participantes em frente do Schöneberger Rathaus, em Berlim Ocidental, para protestar contra o muro. Brandt participou nessa manifestação. Ainda em 1961, fundou-se em Salzgitter a Zentrale Erfassungsstelle der Landesjustizverwaltungen a fim de documentar violações dos direitos humanos no território da Alemanha Oriental.

O Muro de Berlim começou a ser derrubado na noite de 9 de Novembro de 1989 depois de 28 anos de existência. O evento é conhecido como a queda do muro. Antes da sua queda, houve grandes manifestações em que, entre outras coisas, se pedia a liberdade de viajar. Além disto, houve um enorme fluxo de refugiados ao Ocidente, pelas embaixadas da RFA, principalmente em Praga e Varsóvia, e pela fronteira recém-aberta entre a Hungria e a Áustria, perto do lago de Neusiedl.

O impulso decisivo para a queda do muro foi um mal-entendido entre o governo da RDA. Na tarde do dia 9 de Novembro houve uma conferência de imprensa, transmitida ao vivo na televisão alemã-oriental. Günter Schabowski, membro do Politburo do SED, anunciou uma decisão do conselho dos ministros de abolir imediatamente e completamente as restrições de viagens ao Oeste. Esta decisão deveria ser publicada só no dia seguinte, para anteriormente informar todas as agências governamentais.
O muro de Berlim e o Portão de Brandemburgo ao fundo em 9 de novembro de 1989.

Pouco depois deste anúncio houve notícias sobre a abertura do Muro na rádio e televisão ocidental. Milhares de pessoas marcharam aos postos fronteiriços e pediram a abertura da fronteira. Nesta altura, nem as unidades militares, nem as unidades de controle de passaportes haviam sido instruídas. Por causa da força da multidão, e porque os guardas da fronteira não sabiam o que fazer, a fronteira abriu-se no posto de Bornholmer Strasse, às 23 h, mais tarde em outras partes do centro de Berlim, e na fronteira ocidental. Muitas pessoas viram a abertura da fronteira na televisão e pouco depois marcharam à fronteira. Como muitas pessoas já dormiam quando a fronteira se abriu, na manhã do dia 10 de Novembro havia grandes multidões de pessoas querendo passar pela fronteira.

Os cidadãos da RDA foram recebidos com grande euforia em Berlim Ocidental. Muitas boates perto do Muro espontaneamente serviram cerveja gratuita, houve uma grande celebração na Rua Kurfürstendamm, e pessoas que nunca se tinham visto antes cumprimentavam-se. Cidadãos de Berlim Ocidental subiram o muro e passaram para as Portas de Brandenburgo, que até então não eram acessíveis aos ocidentais. O Bundestag interrompeu as discussões sobre o orçamento, e os deputados espontaneamente cantaram o hino nacional da Alemanha.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Polêmica da Usina de Belo Monte


A polêmica em torno da construção da usina de Belo Monte na Bacia do Rio Xingu, em sua parte paraense, já dura mais de 20 anos. Entre muitas idas e vindas, a hidrelétrica de Belo Monte, hoje considerada a maior obra do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), do governo federal, vem sendo alvo de intensos debates na região, desde 2009, quando foi apresentado o novo Estudo de Impacto Ambiental (EIA) intensificando-se a partir de fevereiro de 2010, quando o MMA concedeu a licença ambiental prévia para sua construção

Os movimentos sociais e lideranças indígenas da região são contrários à obra porque consideram que os impactos socioambientais não estão suficientemente dimensionados. Em outubro de 2009, por exemplo, um painel de especialistas debruçou-se sobre o EIA e questionou os estudos e a viabilidade do empreendimento. Um mês antes, em setembro, diversas audiências públicas haviam sido realizadas sob uma saraivada de críticas, especialmente do Ministério Público Estadual, seguido pelos movimentos sociais, que apontava problemas em sua forma de realização.


A inda em outubro, a Funai liberou a obra sem saber exatamente que impactos causaria sobre os índios e lideranças indígenas kayapó enviaram carta ao Presidente Lula na qual diziam que caso a obra fosse iniciada haveria guerra. Para culminar, em fevereiro de 2010, o Ministério do Meio Ambiente concedeu a licença ambiental, também sem esclarecer questões centrais em relação aos impactos socioambientais.


Veja abaixo um resumo dessa história que teve início em fevereiro de 1989, em Altamira, no Pará, com a realização do I Encontro dos Povos Indígenas no Xingu.


Realizado entre 20 e 25 de fevereiro de 1989, em Altamira (PA), o I Encontro dos Povos Indígenas do Xingu, reuniu três mil pessoas - 650 eram índios - que bradaram ao Brasil e ao mundo seu descontentamento com a política de construção de barragens no Rio Xingu. A primeira, de um complexo de cinco hidrelétricas planejadas pela Eletronorte, seria Kararaô, mais tarde rebatizada Belo Monte. De acordo com o cacique Paulinho Paiakan, líder kaiapó e organizador do evento ao lado de outras lideranças como Raoni, Ailton Krenak e Marcos Terena, a manifestação pretendia colocar um ponto final às decisões tomadas na Amazônia sem a participação dos índios. Tratava-se de um protesto claro contra a construção de hidrelétricas na região.

Listada no governo FHC como uma das muitas obras estratégicas do programa Avança Brasil, a construção do complexo de hidrelétricas no Rio Xingu faz parte da herança legada ao governo Lula, eleito em novembro de 2002. Herança que era bem conhecida. Tanto assim, que o caderno temático O Lugar da Amazônia no Desenvolvimento do Brasil, parte do Programa do Governo do presidente eleito, alertava: “Dois projetos vêm sendo objeto de intensos debates: a Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Pará, e o de Gás de Urucu, no Amazonas. Além desses também preocupam as 18 barragens propostas na Bacia do Rio Araguaia e Tocantins. A matriz energética brasileira, que se apóia basicamente na hidroeletricidade, com megaobras de represamento de rios, tem afetado a Bacia Amazônica. Considerando as especificidades da Amazônia, o conhecimento fragmentado e insuficiente que se acumulou sobre as diversas formas de reação da natureza em relação ao represamento em suas bacias, não é recomendável a reprodução cega da receita de barragens que vem sendo colocada em prática pela Eletronorte”.

Decisão ficou para o governo Lula

Exemplos infelizes como a construção das usinas hidrelétricas de Tucuruí (PA) e Balbina (AM), as últimas construídas na Amazônia, nas décadas de 1970 e 1980, estão aí de prova. Desalojaram comunidades, inundaram enormes extensões de terra e destruíram a fauna e flora daquelas regiões. Balbina, a 146 quilômetros de Manaus, significou a inundação da reserva indígena Waimiri-Atroari, mortandade de peixes, escassez de alimentos e fome para as populações locais. A contrapartida, que era o abastecimento de energia elétrica da população local, não foi cumprida. O desastre foi tal que, em 1989, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), depois de analisar a situação do Rio Uatumã, onde a hidrelétrica fora construída, concluiu por sua morte biológica. Em Tucuruí não foi muito diferente. Quase dez mil famílias ficaram sem suas terras, entre indígenas e ribeirinhos. Diante desse quadro, em relação à Belo Monte, é preciso questionar a forma anti-democrática como o projeto vinha sendo conduzido, a relação custo-benefício da obra, o destino da energia a ser produzida e a inexistência de uma política energética para o país que privilegie energias alternativas.

Essas questões continuam a ser repisadas pelos movimentos sociais que atuam na região, como por exemplo, o Movimento Xingu Vivo para Sempre, criado recentemente, e que reúne os que levam adiante a batalha contra a construção de Belo Monte e de outras hidrelétricas no Rio Xingu.

Empossado na presidência da Eletrobrás, em janeiro de 2003, o físico Luiz Pinguelli Rosa, declarou à imprensa que o projeto de construção de Belo Monte seria discutido e opções de desenvolvimento econômico e social para o entorno da barragem estariam na pauta, assim como a possibilidade de reduzir a potência instalada, prevista em 11 mil megawatts (MW) no projeto original.

A persistência governamental em construir Belo Monte está baseada numa sólida estratégia de argumentos dentro da lógica e vantagens comparativas da matriz energética brasileira. Os rios da margem direita do Amazonas têm declividades propícias à geração de energia, e o Xingu se destaca, também pela sua posição em relação às frentes de expansão econômica (predatória) da região central do país. O desenho de Belo Monte foi revisto e os impactos reduzidos em relação à proposta da década de 80. O lago, por exemplo, inicialmente previsto para ter 1.200 km2, foi reduzido, depois do encontro, para 400 km2. Os socioambientalistas, entretanto, estão convencidos de que além dos impactos diretos e indiretos, Belo Monte é um cavalo de tróia, porque outras barragens virão depois, modificando totalmente e para pior a vida na região.

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Divisão de estados brasileiros

Foi aprovado recentemente na Câmara dos Deputados, uma proposta que autoriza plebiscito para criação dos Estados do Tapajós e Carajás, ambos no Pará. O deputado federal Ribamar Alves (PSB/MA) é autor do Projeto de Decreto Legislativo 7/2011, ainda em tramitação, que prevê realização de plebiscito para criação do estado do Maranhão do Sul. A redivisão territorial do Brasil é uma medida que vem sendo discutida por várias unidades da Federação e defendida por muitos cidadãos que anseiam pelo desenvolvimento social e econômico de suas cidades.

Apesar de ser considerado um dos estados mais pobres do País, o Maranhão possui a maior variedade de ecossistemas do Brasil. São 640 quilômetros de praias tropicais, floresta Amazônica, cerrados, mangues, delta em mar aberto e o único deserto do mundo com milhares de águas cristalinas. A região não é pobre, e sim o seu povo, sobretudo porque a riqueza que lá se produz, bem como os investimentos públicos, têm-se concentrado em torno da capital, São Luís.

Segundo Alves, a criação do Maranhão do Sul representará a independência econômica e política de uma área pouco desenvolvida e carente de políticas públicas, “e nós sabemos que o Maranhão do Sul tem um fronteira agrícola importantíssima, que é a da soja, nós temos a nascente de vários rios, é uma região que precisa de sua independência para trazer o próprio desenvolvimento”, ressaltou o parlamentar.

A quantidade de projetos desse teor que tramita no Congresso não tem tido boa repercussão por parte do governo que alega que a criação de novos estados pode gerar muitas despesas para União. No entanto, Ribamar Alves explica que os recursos dos novos estados serão melhor distribuidos, sem gerar gastos. “A população não vai pagar por isso, não haverá acréscimo nos impostos e sim uma divisão justa dos recursos já existentes e repassados pelo governo federal”, afirmou o deputado maranhense.


Divisão do Pará:
Aprovado hoje pela Câmara dos Deputados o pedido de um plebiscito para divisão do Estado do Pará em 3 partes, ficando o Pará, Tapajós e Carajás. Agora segue para a aprovação final do presidente do Congresso, José Sarney e na sequência a organização eleitoral em até 6 meses.

O interesse maior é dos políticos que terão mais 2 Estados para implantar uma estrutura governamental, com muitos cargos de confiança a serem distribuidos, mais a eleição de novos Senadores, Deputados e Governadores.

Caso aprovado, o Brasil vai ter 29 Estados, hoje são 27 contando com o Distrito Federal.


sábado, 6 de agosto de 2011

Fraude no Pouso Lunar de 1969


Vista da Terra elevando-se desde o horizonte da Lua; alguns teóricos da conspiração afirmam que imagens como estas seriam falsas, porque não aparecem estrelas (as estrelas tem brilho tão fraco que é preciso longa exposição ou filmes ultra-sensíveis para registrá-las, as máquinas todas estavam preparadas para registrar a paisagem iluminada pelo Sol, ou seja, exposição curta, suficiente para registrar cenas iluminadas, insuficiente para registrar estrelas).

As acusações de falsificação nas alunissagens do Programa Apollo constituem uma teoria de conspiração que afirma que as alunissagens do programa Apollo jamais ocorreram, que teriam sido falsificadas pela NASA e membros de outras organizações envolvidas. Desde a conclusão do programa Apollo, várias acusações de fraude relacionadas à Lua tem sido levantadas por grupos e indivíduos, inclusive alegações de que os astronautas da Apollo não pousaram na Lua, que a Nasa e outros intencionalmente enganaram o público fazendo-os acreditar que os pousos teriam acontecido pela fabricação, destruição, ou adulteração de provas, incluindo fotos, fitas de telemetria, transmissão, e amostras de rochas, e que a fraude prossegue até os dias atuais.

Existem amplas provas independentes das missões lunares e vários comentaristas já publicaram refutações detalhadas às alegações de fraude. Uma pesquisa da Gallup apontou que 89% dos americanos acreditavam que os pousos eram genuínos, enquanto 6% achavam que não, e 5% estavam indecisos.

Em 16 de julho de 2009 a Nasa anunciou que uma busca de três anos pelas fitas contendo o registro pré-conversão das missões do passeio da Apollo 11 resultou em falha e que as fitas provavelmente foram apagadas e reutilizadas. Um conjunto de fotografias recentes foi publicada pela Nasa em 17 de julho de 2009. Feitas pela missão Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), estas imagens mostram os módulos lunares, incluindo os da Apollo 11, sobre a superfície, os experimentos científicos e, em um dos casos, a linha de pegadas entre a Apollo 14 e um experimento científico próximo.

Fotografias e filmes

Ver artigo principal: Exame das fotos lunares da Apollo

Os proponentes da teoria da fraude gastam uma porção substancial de seus esforços examinando as fotos da Nasa. Eles apontam várias coisas estranhas nas fotos e filmes feitas na Lua. Especialistas em fotografia (mesmo não relacionados à Nasa) respondem que estes aspectos, mesmo que as vezes contra-intuitivos, são precisamente o que se esperaria de um pouso lunar real, e o contrário do que se esperaria de uma imagem de estúdio. Os proponentes da fraude também declaram que informantes teriam manipulado deliberadamente as fotos da Nasa na esperança de expôr a mesma.

Cruzes que parecem estar atrás dos objetos
:* A superexposição faz com que os objetos brancos vazem para as áreas escuras no filme.
Cruzes que estão fora da posição ou rotacionadas.
:* Versões populares de fotos sofrem cortes ou rotações para um melhor impacto estético.
A qualidade das fotos é incrivelmente boa.
:* Existem muitas fotos de baixa qualidade feitas pelos astronautas da Apollo. A Nasa escolheu para publicar somente as melhores.
:* Os astronautas da Apollo usaram câmeras e filmes profissionais de 70mm e alta resolução.
Não aparecem estrelas em qualquer uma das fotos. Os astronautas da Apolo 11 também alegaram em uma conferência com a imprensa depois do evento que eles não se lembram de ter visto qualquer estrela.
:* O Sol estava brilhando. As câmeras foram preparadas para exposição em luz do dia, e não poderiam registrar pontos fracos de luz.Mesmo as estrelas mais brilhantes são fracas e difíceis de ver durante do dia na Lua. O albedo da Lua é bastante alto e sem uma atmosfera para atravesser, a luz diurna na superfície é muito mais brilhante que na Terra. Neil Armstrong afirmou que não podia ver estelas no lado iluminado da Lua à vista desarmada. Edwin Aldrin não viu estrelas na Lua. Harrison Schmitt não viu estrelas na Lua. Os olhos dos astronautas estavam adaptados para o cenário fortemente iluminado, portanto não poderiam ver as estrelas que são relativamente mais fracas. Os ajustes da câmera podem tornar um fundo bem iluminado em escuro quando o objeto em primeiro plano está bem iluminado, forçando a câmera a aumentar a velocidade do obturador para que a luz do primeiro plano não queime completamente a imagem. Uma demonstração deste efeito pode ser visto aqui. O efeito é similar a não conseguir ver estrelas do lado de fora quando dentro de uma sala bem iluminada - as estrelas só ficam visíveis quando as luzes são desligadas. Os astronutas podiam ver estrelas a olho nu somente quando estavam na sombra da Lua. Todos os pousos foram feitos na luz do dia.
A cor e ângulo das sombras e luzes são inconsistentes.
:* As sombras na Lua são complicadas por um solo irregular, distorções causadas por lentes grande-angulares, luz refletida pela Terra, e pela poeira lunar., pp. 167–172 As sombras também sofrem distorções de perspectiva, convergindo para um ponto de fuga no horizonte.
:* Esta teoria foi demonstrada como sendo sem fundamento pelos episódio dos Caçadores de mitos 104 da temporada de 2008 (6a. temporada).
Fundos idênticos em fotos que, pelo seus títulos, foram feitas a uma distância de milhas umas das outras.
:* As fotos não eram idênticas, apenas similares. Os objetos no fundo eram montanhas que estavam a muitos quilômetros de distância. Sem uma atmosfera para obscurecer objetos distantes, é difícil dizer a distância e escala relativa dos objetos da paisagem lunar. Um caso específico é desmontado em Who Mourns for Apollo, por Mike Bara.
O número de fotos feitas é incrivelmente alto. Cerca de uma foto a cada 50 segundos.
:* Equipamento simplificado com regulagem fixa permitem duas fotos por segundo. Muitas foram feitas uma imediatamente após a outra. E este cálculo foi feito tendo como base um astronauta na superfície, e não leva em conta que havia duas pessoas dividindo as tarefas durante as AEV.
As fotos contém artefatos como as duas que parecem 'C's em uma rocha e no fundo.
:* A imagem em forma de "C" resultou de imperfeições na reprodução, não no filme original.
Um residente de Perth, Austrália, com o pseudônimo de "Una Ronald", disse que viu uma garrafa de refrigerante na imagem.
:* Não se encontrou nenhuma reportagem ou relato em jornal. A existência de "Una Ronald" é autenticada somente por uma fonte. Existem também falhas na história, como a declaração que ela teve que ficar "acordada até tarde" que é facilmente refutada por numerosas testemunhas na Austrália que observaram o mesmo evento no meio do dia, já que o evento era compulsório para os estudantes na Austrália.
O livro Moon Shot contém uma composição fotográfica óbvia de Alan Shepard acertando uma bola de golfe na Lua com outro astronauta.
:* Ela foi usada em lugar das únicas imagens reais, feitas no monitor de TV, que os editores do livro aparentemente acharam muito granuladas para apresentar na seção de fotos do livro. Os editores do livro não trabalham para a Nasa.
Existem "pontos quentes" em algumas fotos que sugerem que um grande holofote foi usado a curta distância.
:* Buracos na poeira lunar focam e refletem a luz de uma forma semelhante a minúsculas esferas de luz usadas nas pinturas de sinais de trânsito, ou gotas de orvalho na grama. isto cria um brilho em torno da sombra do fotógrafo quando este aparece na foto. (veja Heiligenschein)
:* Se o fotógrafo está na luz enquanto fotografa a sombra, a luz refletida de sua roupa espacial branca produz um efeito semelhante ao de um refletor.
Pegadas na poeira lunar extraordinariamente fina, sem umidade ou atmosfera ou gravidade forte, ficam surpreendentemente bem preservadas, nas mentes de alguns observadores - como se tivessem sido feitas em areia úmida.
:* A poeira é silicato, e tem uma propriedade especial no vácuo de se agregar daquele jeito. Os astronautas descreveram ela como sendo parecida com "talco ou areia úmida".
:* Esta teoria foi demonstrada como sem fundamento pelo episódio 104 dos Caçadores de mitos.

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

A Influência da mídia em nossas vidas


Somos, todos os dias, bombardeados por diversas mídias que, em comum, tem o objetivo de nos vender alguma coisa. Uma idéia, um produto, um sonho, etc. O instrumento publicitário atinge, na maioria das vezes, seu publico alvo de acordo com o objetivo de seus idealizadores. Mas até que ponto a mídia influencia nossas vidas? A partir de quando a liberdade torna-se libertinagem?

Em alguns casos é interessante questionarmos a força da comunicação como influência das atitudes da massa popular a qual atinge. Por isso, a responsabilidade dos veículos de mídia é enorme, afinal uma marca forte pode influenciar uma quantidade significativa de pessoas tanto positiva como negativamente.

Um bom exemplo de mídia questionável refere-se às antigas mídias de cigarro. Na época em que eram veiculadas, incitavam o jovem a fumar, com a idéia de que o cigarro estava ligado à aventura, maturidade e saúde. Nos comerciais exibidos na TV e/ou em mídia impressa, imagens ligadas a esporte e juventude atraiam, principalmente adolescentes, a experimentarem o cigarro.

Após alguns anos, processos se acumularam contra a indústria do tabaco, vindos principalmente de pessoas que contraíram doenças respiratórias, as quais, circunstancialmente eram ligadas ao uso contínuo de cigarro. Em 2000, com a lei 10.167, a propaganda de cigarro foi proibida no Brasil. Segundo José Carlos Mattedi, da Agência Brasil.[1] Pesquisas feitas na época avaliaram o impacto da ausência da propaganda de cigarros entre os jovens da época, segundo os pesquisadores:

“Pode ter havido outras motivações que levaram a uma diminuição no consumo ou na sua estabilização. Mas não tenho dúvidas que a proibição da propaganda foi fundamental para os resultados”, enfatiza Carlini. Além dele, trabalharam nas pesquisas: José Carlos Galduroz, Arilton Martins Fonseca e Ana Regina Noto.

“A propaganda de cigarro era bastante insinuante, ligada ao sucesso pessoal e a fatores como status econômico. Isso influenciava, principalmente, a camada jovem”, ressalta Carlini.

“Já o primeiro estudo que fizemos em 1987, também com estudantes, mas em 27 capitais, mostrava que 22,4% haviam experimentado tabaco, número esse que subiu para 32,7% dez anos depois, num aumento de 50%”, sublinha, sugerindo que caso a proibição não fosse aprovada, os dados atuais seriam acentuados. “O dado de 2005, de 21,7%, é menor do que o de quase 20 anos atrás”, pontua.

O número caiu tanto entre os meninos como entre as meninas. Nos primeiros, a queda foi de 36% (1997) para 21,9%. Na outra faixa, de 31,9% para 21,3%. Entre os pré-adolescentes (12 a 14 anos) também houve diminuição: de 13,8% para 8%.

Ao analisarmos uma pesquisa como essa, temos de forma clara, a idéia de quão poder tem a mídia. O Brasil ainda treme ao lembrar-se da ditadura e sua censura. No entanto, cabe ressaltar, que a responsabilidade dos veículos de comunicação refere-se, em parte, a educação de nossas crianças e jovens.

Portanto, cada mensagem deve ser analisada do ponto de vista crítico, evitando o desgaste ainda maior da sociedade atual, a qual tem seus filhos criados por terceiros, na medida em que, os pais, tornam-se ausentes ao serem explorados, de forma, cada vez mais intensa pelo sistema econômico atual.