segunda-feira, 30 de agosto de 2010

Civilazações pré colombianas


Olmecas:
Os Olmecas foram o povo que esteve na origem da cultura olmeca, a antiga cultura pré-colombiana da Mesoamérica que se desenvolveu nas regiões tropicais do centro-sul do atual México durante o pré-clássico, aproximadamente onde hoje se localizam os estados mexicanos de Veracruz e Tabasco, no Istmo de Tehuantepec, numa zona designada área nuclear olmeca. A cultura olmeca floresceu nesta região aproximadamente entre 1500 e 400 a.C, e crê-se que tenha sido a civilização-mãe de todas as civilizações mesoamericanas que se desenvolveram posteriormente. No entanto, desconhece-se a sua exacta filiação étnica, ainda que existam numerosas hipóteses colocadas para tentar resolver esta questão.

Período inicial

A história olmeca tem início em San Lorenzo, onde os traços olmecas característicos começaram a surgir antes de 1 200 a.C.. O desenvolvimento da civilização nesta zona provavelmente beneficiou da ecologia local de solos aluviais bem irrigados, o que permitia elevada produção de milho. Esta ecologia é comparável à de outros centros civilizacionais antigos: os vales fluviais dos rios Nilo, Indo e Amarelo, e Mesopotâmia. Pensa-se que a densa concentração populacional em San Lorenzo encorajou o surgimento de uma classe de elite que eventualmente garantiu a dominância olmeca, fornecendo igualmente a base social necessária à produção de artefactos simbólicos e de um luxo sofisticado, os quais definem a cultura olmeca. Muitos destes artefactos de luxo, feitos de jade, magnetite e obsidiana, tinham origem em locais distantes, sugerindo que as primeiras elites olmecas tinham já acesso a uma extensa rede comercial na Mesoamérica. O jade mais apreciado, por exemplo, era proveniente do vale do rio Motagua, na Guatemala oriental e a obsidiana era maioritariamente proveniente das terras altas guatemaltecas, nomeadamente de El Chayal e San Martín Jilotepeque.
[editar] La Venta

O primeiro centro olmeca, San Lorenzo, foi abandonado quase totalmente por volta de 900 a.C., praticamente ao mesmo tempo que ocorreu o florescimento de La Venta. Mudanças ambientais poderão ter estado na origem desta mudança, como a alteração dos cursos de alguns rios importantes que ocorreu por esta altura. A destruição quase total de muitos dos monumentos de San Lorenzo, ocorreu também neste período, cerca de 950 a.C., o que pode indicar uma sublevação interna, ou menos provavelmente, uma invasão. Após o declínio de San Lorenzo, La Venta tornou-se o principal centro olmeca, desde 900 a.C. até ao seu abandono por volta de 400 a.C.. Durante este período foram ali erigidos vários complexos cerimoniais, entre os quais a Grande Pirâmide.

Não se sabe com clareza o que provocou a eventual extinção da cultura olmeca. Sabe-se que entre 400 e 350 a.C., a população da porção oriental da Área Nuclear Olmeca decresceu fortemente, e esta área manter-se-ia pouco habitada até ao século XIX. Esta perda de população parece ter sido originada por factores ambientais: talvez resultado de mudanças nos cursos de rios importantes, ou do seu assoreamento devido às práticas de cultivo.

Qualquer que tenha sido a causa, poucos séculos após o abandono das últimas cidades olmecas, haviam-se estabelecido firmente culturas sucessoras. O sítio de Tres Zapotes, na orla ocidental da Área Nuclear, continuaria a ser ocupado bem para além de 400 a.C., mas sem os traços típicos da cultura olmeca. Esta cultura pós-olmeca, frequentemente designada epiolmeca, tem características semelhantes às encontradas em Izapa.

sexta-feira, 20 de agosto de 2010

Astecas:


Os astecas (1325 até 1521) foram uma civilização mesoamericana, pré-colombiana, que floresceu principalmente entre os séculos XIV e XVI, no território correspondente ao atual México.

Os astecas, que atingiram alto grau de sofisticação tecnológica e cultural, eram governados por uma monarquia eletiva, e organizavam-se em diversas classes sociais, tais como nobres, sacerdotes, guerreiros, comerciantes e escravos, além de possuírem uma escrita pictográfica e dois calendários (astronômico e litúrgico).

Ao estudar a cultura asteca, deve-se prestar especial atenção a três aspectos: a religião, que demandava sacrifícios humanos em larga escala, particularmente ao Deus da guerra, Huitzilopochtli; a tecnologia avançada, como a utilização eficiente das chinampas (ilhas artificiais construídas no lago, com canais divisórios) e a vasta rede de comércio e sistema de administração tributária.

Apesar de sacrifícios humanos serem uma prática constante e muito antiga na Mesoamérica, os astecas se destacaram por fazer deles um pilar de sua sociedade e religião. Segundo mitos astecas, sangue humano era necessário ao sol, como alimento, para que o astro pudesse nascer a cada dia. Sacrifícios humanos eram realizados em grande escala; algumas centenas em um dia só não era incomum. Os corações eram arrancados de vítimas vivas, e levantados ao céu em honra aos deuses. Os sacrifícios eram conduzidos do alto de pirâmides para estar perto dos deuses e o sangue escorria pelos degraus. A economia asteca estava baseada primordialmente no milho, e as pessoas acreditavam que as colheitas dependiam de provisão regular de sangue por meio dos sacrifícios.