sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Cabalá


Cabalá: aquilo que é recebido. Aquilo que não pode ser conhecido apenas através da ciência ou da busca intelectual. Um conhecimento interior que tem sido passado de sábio para aluno desde o despertar dos tempos. Uma disciplina que desperta a consciência sobre a essência das coisas.

Entramos neste mundo e nossos sentidos encontram sua crosta externa. Tocamos a terra com nossos pés, a água e o vento atingem nossa pele, recuamos perante o calor do fogo. Escutamos os sons e ritmos. Vemos formas e cores. Logo começamos a medir, a pesar e a descrever com precisão. Como cientistas, registramos o comportamento dos compostos químicos, das plantas, animais e seres humanos. Nós os gravamos em video-tape, observamos sob o microscópio, criamos modelos matemáticos, enchemos um supercomputador com dados a seu respeito. De nossas observações, aprendemos a domar nosso ambiente com invenções e engenhocas, e então nos damos um tapinha nas costas e dizemos: "Isso mesmo, conseguimos."

Mas nós mesmos, nossa consciência, que está examinando este mundo, residimos em uma camada mais profunda. Eis por que não podemos deixar de perguntar: "E sobre a coisa em si mesma? Aquilo que está lá antes que a medíssemos? O que é matéria, energia, tempo, espaço - e como vieram a ser?

Para explicar nosso mundo sem examinar esta profundeza interior é tão superficial quanto explicar o trabalho de um computador descrevendo as imagens vistas no monitor. Se virmos uma bola movendo-se para cima e para baixo na tela, diríamos que está ricocheteando contra o fundo da tela? Os dispositivos na sua barra de rolagem exercem alguma força sobre a página dentro da tela? A barra do menu tem realmente os menus ocultos atrás dela?

O autor de um software de uso facilitado seguiu regras consistentes para que você possa trabalhar confortavelmente dentro dele. Se for um jogo de alguma complexidade, ele precisou determinar e seguir um grande conjunto de regras. Mas uma descrição destas regras não é uma explicação válida de como isso funciona. Para isso, precisamos ler seu código, examinar o equipamento, e, mais importante - examinar a descrição de seu conceito original. Precisamos vê-lo da maneira que o autor o vê, como evolui passo a passo de um conceito em sua mente através do código que ele escreve, até os pontinhos fosforescentes minúsculos na tela.

O código por trás da realidade, o conceito que instila vida às equações e as torna reais. Homens e mulheres sacrificaram seu alimento, seu conforto, viajaram grandes distâncias e pagaram com sua própria vida para chegar a conhecer estas coisas. Não há uma só cultura neste mundo que não tenha seus ensinamentos para descrevê-las. Nos ensinamentos judaicos, elas são descritas na Cabalá.

Segundo a tradição, as verdades da Cabalá foram conhecidas por Adam (Adão). Aquilo que sua mente apreendeu, nenhuma outra mente pode conceber. Mesmo assim ele foi capaz de transmitir um vislumbre de seu conhecimento a algumas das grandes almas que dele descenderam, como Hanoch e Metushelach. Foram eles os grandes mestres que ensinaram Nôach (Noé), que por sua vez ensinou seus próprios alunos, incluindo Avraham (Abraão). Avraham estudou na academia do filho de Nôach, Shem, e enviou seu filho Yitschac para lá estudar, depois dele. Yitschac por sua vez mandou seu filho Yaacov estudar com Shem e com o bisneto de Shem, Ever.

Adam, Nôach, Avraham - estes foram pais de toda a humanidade. Eis por que você encontrará alusões às verdades que eles ensinaram seja onde for que tenha chegado a cultura humana.

Mesmo assim, a fonte essencial para a Cabalá não é Adam ou Nôach ou mesmo Avraham. É o evento no Monte Sinai, onde a essência primordial do cosmos foi desnudada para que uma nação inteira a contemplasse. Foi uma experiência que deixou uma marca indelével sobre a psique judaica, moldando por completo nossas idéias e nosso comportamento desde então.

No Sinai, a sabedoria interior tornou-se não mais uma questão de intuição ou revelação particular. Era então um fato que havia penetrado em nosso mundo e se tornado parte da história e da experiência dos mortais comuns.

Eis por que a Cabalá não pode ser chamada de filosofia. Uma filosofia é o produto de mentes humanas, algo com que qualquer outra mente humana pode jogar, espremê-la ou esticá-la segundo os ditames de seu próprio intelecto e intuição. Mas Cabalá significa: "que é recebida." Recebida não apenas de um professor, mas do Sinai. Assim que o aluno tenha dominado o caminho deste conhecimento recebido, ele ou ela pode encontrar maneiras de expandi-lo ainda mais, como uma árvore se ramifica a partir de seu tronco. Mas será sempre um crescimento orgânico, jamais tocando a vida e a forma essenciais daquele conhecimento. Os ramos, galhos e folhas irão apenas onde deveriam para aquela árvore em particular - um bordo jamais se tornará um carvalho, e jamais um aluno revelará um segredo que não estivesse oculto nas palavras de seu mestre.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Anúbis


Anúbis, também conhecido como Anupu, ou Anupo e cujo nome hieroglífico é traduzido mais propriamente como Anpu, é o antigo deus egípcio da morte e dos moribundos, por vezes também considerado deus do submundo. Conhecido como deus do embalsamamento, presidia às mumificações e era também o guardião das necrópoles e das tumbas.

O julgamento: Os egípcios acreditavam que no julgamento de um morto era pesado seu coração e a pena da verdade (tal pena pertencia à consorte de Anúbis, a deusa da verdade Maat). Caso o coração fosse mais pesado que a pena o defunto era comido por um animal com cabeça de crocodilo, mas caso fosse mais leve a pessoa em questão poderia ter acesso ao paraíso ou a alma voltar ao corpo. Anubis era quem guiava a alma dos mortos no Além.

Mumificação: Osíris, após ser despedaçado pelo irmão, Seth, Anúbis embalsama o corpo de Osíris, tornando-o a primeira múmia, e fazendo com que se torne o deus do embalsamento. Os sacerdotes de Anúbis, chamados "stm", usavam máscaras de chacais durante os rituais de mumificação. Anúbis é uma das mais antigas divindades da mitologia egípcia e seu papel mudou à medida que os mitos amadureciam, passando de principal deus do mundo inferior a juiz dos mortos, depois que Osíris assumiu aquele papel.

Chacal: A associação de Anúbis com chacais provavelmente se deve ao fato de estes perambularem pelos cemitérios. O Anúbis era pintado de preto, por ser escura a tonalidade dos corpos embalsamados. Apesar de muitas vezes identificado como "sab", o chacal, e não como "iwiw", o cachorro, ainda existe muita confusão sobre qual animal Anúbis era realmente. Alguns egiptólogos se referem ao "animal de Anúbis" para indicar a espécie desconhecida que ele representava. Se você comparar com fotos do Google, Anúbis tinha a cabeça de um cão da raça Pharaoh Hound. As cidades dedicadas a Anúbis eram conhecidas pelo grande número de múmias e até por cemitérios inteiros de cães.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Incidente de varginha


O Caso Varginha hoje é conhecido mundialmente e é reconhecido pelos ufólogos como o caso no 1 do Brasil do século. E isso só foi possível porque mora em Varginha um dos maiores ufólogos do Brasil, que com o seu faro ufológico, logo percebeu que algo incrível havia acontecido pela região. Trata-se do advogado e ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues que, após uma semana de pesquisa, já divulgava à Imprensa os primeiros resultados. Depois disso, uma legião de ufólogos foi para Varginha, os quais muito contribuiram pela divulgação do caso. Vamos ao resumo do que se sabe até agora.

Em 13.01.96 (talvez 20.01.96) o casal Eurico Rodrigues de Freitas e Oralina Augusta de Freitas, por volta das 01:30 horas viram uma pequena nave, em forma de submarino, do tamanho de um microônibus, com um enorme buraco em uma das pontas, saindo muita fumaça branca, sem ruído, sem iluminação e voando lentamente. A nave estava com aparente dificuldade de vôo e estava sobrevoando a fazenda distante 10 Km do Centro de Varginha.

No mesmo dia, por volta de 08:00 horas, Carlos de Sousa, trafegando pela Rodovia Fernão Dias, já de dia, aparentemente viu a mesma nave, só que agora com um estranho ruído. Carlos acompanhou a nave pela rodovia por uns 20 Km, quando percebeu que a mesma estava caindo no meio da mata. Ele levou uns 30 minutos para encontrar o local, e quando lá chegou, os militares já estavam recolhendo os milhares de pedaços da nave. Ele foi convidado e se retirar do local e também para ficar em silêncio. Se o depoimento do Carlos for verdadeiro, com certeza, os militares estavam seguindo essa nave a noite inteira. Antes de cair, provavelmente ela deve ter pousado em algum lugar, durante à noite e de alguma forma algumas estranhas criaturas ficaram escondidas no meia da mata.

Em 20.01.96, logo pela manhã, os bombeiros foram acionados para capturar um estranho animal no bairro Jardim Andere, o que ocorreu por volta das 10:30 horas. A criatura foi levada embora pelo Exército. A captura foi realizada pelos bombeiros sargento Palhares, cabo Rubens, soldado Santos e soldado Nivaldo, sob a coordenação do major Maciel.

No mesmo dia, por volta das 15:30 horas, as jovens Kátia Andrade Xavier, Liliane Fátima da Silva e Valquíria Aparecida da Silva retornavam do trabalho quando deram de cara com uma estranha criatura. O local era três quarteirões de onde os bombeiros capturaram a primeira criatura. Correram assustadas pensando que viram o demônio.
No mesmo dia, por volta das 20:00 horas, a Polícia Militar fez uma segunda captura de uma estranha criatura, a qual acabou sendo levada para o Hospital Regional.

Durante a madrugada, já em 21.01.96, a criatura foi transferida para o Hospital Humanitas, onde veio a morrer. Nessa captura, participou o soldado P2 Marco Eli Chereze e provavelmente seu superior Capitão Siqueira.

Em 22.01.96, já no fim da tarde, um comboio vindo da ESA – Escola de Sargentos das Armas do Exército Brasileiro chegou em Varginha e retirou a estranha criatura do Hospital Humanitas, levando-a para a ESA.

Em 23.01.96, ainda de madrugada, o comboio militar saiu com destino à Campinas, no interior do Estado de São Paulo. No comboio tinha três caminhões que foram dirigidos pelos motoristas cabo Vassalo, soldado Élber e o soldado de Mello. No mesmo dia, a criatura foi levada para a UNICAMP – Universidade de Campinas, sob os cuidados do médico legista Dr. Badan Palhares.

Nos dias seguintes, vários militares norte-americanos começaram a chegar na UNICAMP, provavelmente para auxiliar na pesquisa. Também o ser capturado pela manhã, vivo, foi levado para o Dr. Badan Palhares. O Dr. Badan fez inúmeros testes com os mais diversos alimentos para descobrir o que aquela estranha criatura comia.

Em 07.02.96, o P2 Marco Eli Chereze foi submetido a uma micro cirurgia na axila esquerda, o qual começou a passar mal nos dias seguintes. Foi internado no Hospital Bom Pastor, depois foi transferido para o Hospital Regional, onde veio a morrer em

15.02.96. Causa da morte: insuficiência respiratória aguda, septicemia e pneumonia bacteriana. Existe a dúvida se o Chereze não foi contaminado por algum vírus ou bactéria do estranho ser, no dia da captura, uma vez que ele tinha uma saúde de ferro e era um verdadeiro atleta.

Em 21.04.96, o Dna. Terezinha Gallo Clepf , em um restaurante dentro do zoológico de Varginha viu uma estranha criatura, idêntica àquela vista pelas jovens, com uma única diferença, tinha uma espécie de capacete na cabeça. Na época, morreram estranhamente dois veados, uma anta, uma jaguatirica e uma arara azul. Após as análises, não foi descoberta a causa para essas mortes. A Dra. Leila Cabral, bióloga e diretora do zoológico, acredita que tem a ver com a estranha criatura.

Em 29.05.96, o Ministro do Exército Zenildo Zoroastro de Lucena reuniu o Alto Comando em Campinas, em total silêncio. Um fato histórico, foi a primeira vez que um Ministro de Estado, juntamente com o Alto Comando, se reuniu fora de uma capital brasileira. Dizem que houve até brigas de quem iria participar da comitiva. Todos queriam ver as estranhas criaturas.

sábado, 15 de janeiro de 2011

Chupa cabras



Chupa-cabra é uma suposta criatura responsável por ataques sistemáticos a animais rurais em regiões da América, como Porto Rico, Flórida, Nicarágua, Chile, México e Brasil. O nome da criatura deve-se à descoberta de várias cabras mortas em Porto Rico com marcas de dentadas no pescoço e o seu sangue alegadamente drenado. Embora o assunto tenha sido explorado na mídia brasileira, os rumores sobre a existência do misterioso ser foram gradualmente desaparecendo, cessando antes da virada do milênio.

O primeiro ataque relatado ocorreu em março de 1995 em Porto Rico. Neste ataque, oito cabras foram encontradas mortas, cada um com três perfurações no tórax e totalmente esvaídas de sangue. Em 1975, mortes similares na pequena cidade de Corrente (Piauí) foram atribuídas a El Vampiro de Moca (O Vampíro de Moca). Inicialmente suspeitou-se que as mortes estariam relacionadas a cultos satânicos; posteriormente mais mortes foram registrados na ilha, reportadas por muitos fazendeiros. Cada animal teve seu sangue drenado por uma série de incisões circulares. Normalmente atacam as cabras nas cidades mais pequenas onde as femeas tenhem o cio.

Logo após os primeiros registros dos incidentes em Porto Rico, várias mortes de animais foram relatadas em outros países como a República Dominicana, Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Honduras, El Salvador, Nicarágua, Panamá, Peru, Brasil, Estados Unidos e México.

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Monstro do lago ness



Loch Ness é um lago, com cerca de 38km de comprimento, 1,5km de largura e com profundidades de até 290m; localizado em uma falha geológica na Escócia. A lenda sobre um monstro que moraria nas profundezas do lago vem desde a Idade Média, 565 d.C. Conforme a lenda, um missionário irlandês S. Columba teria salvo um aluno do ataque de um monstro do lago, desde então mais de 10.000 aparições estão registrada na história do folclore escocês.

Em 1933, um repórter do Courier de Inverness escreveu uma matéria baseada na última aparição do monstro, que despertou o interesse de vários órgãos da mídia e motivou as pessoas a contarem os seus encontros com a fera. Em pouco tempo mais de vinte pessoas tinham contato a sua história. Muitas dessas pessoas foram desacreditadas e uma confirmou a farsa de seu relato. A comunidade científica então arquivou qualquer possibilidade da existência desse ser.

Mas, em 1934, um médico inglês chamado R. K. Wilson fotografou o animal nadando na superfície do lago. Análises do negativo foram feitas e não comprovaram qualquer falsificação. Não obstante, continua até hoje ser uma das melhores imagens exibidas do monstro.

Nas pesquisas acerca do monstro até a NASA participou dos eventos, mas foi a Academy of Applied Science, com sede em Boston, que mais investiu na investigação do fenômeno. Os técnicos chegaram a declarar que captaram uma imagem computadorizada de um corpo que poderia vir a ser o monstro. Contudo, os relatórios não foram precisos e a maioria dos cientistas permaneceram incrédulos aos fatos. A controvérsia mantém-se até hoje: de um lado, o povo e a história reforçam a existência do monstro, do outro, a ciência afirma que as provas são demasidamente ambíguas e não trazem nada consistente. Porém, lá na escuridão do lago a verdade espera...

quinta-feira, 6 de janeiro de 2011

Santo Graal



O Santo Graal é um dos mais antigos e enigmáticos mitos da humanidade. Sob uma análise superficial, é o cálice usado por Jesus Cristo no episódio da Última Ceia e que contém seu sangue, que havia sido recolhido no momento da crucificação.

O termo Graal, no francês arcaico, significa bandeja. Por outro lado, pode ter origem latina, no vocábulo Gradalis, que significa cálice. Já o termo Sangraal seria uma variação etimológica de Sangue Real.

Há, pelo menos, duas versões para justificar a origem e o desenvolvimento histórico do mito. Numa primeira análise, a lenda conta que José de Arimatéia recolheu no cálice utilizado na Última Ceia, o sangue de Jesus, no momento em que este era crucificado, após o último golpe de lança aplicado pelo soldado romano conhecido por Longinus.

José, que era membro do Sinédrio (tribunal judeu) e um homem de posses, solicitou ao imperador Poncio Pilatos o corpo de Cristo como uma "recompensa" por seus préstimos ao império. Pilatos atendeu ao pedido e José enterrou o corpo de Cristo em suas terras.

Após este fato, José de Arimatéia, que secretamente era seguidor de Cristo, teria sido feito prisioneiro pelos judeus por ocasião do sumiço do corpo de Cristo. José ficou muito tempo como prisioneiro numa cela sem janelas, alimentando-se apenas de uma hóstia diária, entregue por uma pomba que se materializava. Certa vez, o próprio Cristo surgiu diante de José entregou-lhe o Graal com a missão de protegê-lo.

Após conquistar a liberdade, utilizou-se de uma conhecida rota comercial e viajou para Inglaterra, levando consigo o Cálice Sagrado. Ao chegar, reuniu alguns discípulos de Cristo e fundou uma pequena Igreja, onde atualmente há as ruínas da Abadia de Glastonbury. Porém, não é possível afirmar onde o Graal teria sido ocultado a partir deste momento.

Numa segunda versão, Maria Madalena (que em interpretações não-canônicas, poderia ser esposa de Cristo), teria tomado posse do cálice e levado para a França, onde passou o resto da vida.

Em ambas versões, após o Cálice Sagrado chegar em terras européias, seja através de Maria Madalena ou José de Arimatéia, segue diversas rotas entre os alguns países deste continente e confunde-se entre a história e a literatura medieval.



A continuidade mais conhecida sobre o destino do Graal, atesta que este teria ficado sob a tutela dos Templários. Assim, os Cavaleiros teriam levado o cálice para a aldeia francesa de Rennes-Le-Château. Sob outra narrativa, o Graal teria sido levado para a cidade de Constantinopla e em seguida para Troyes, onde no período da Revolução Francesa (a partir de 1789), teria desaparecido misteriosamente.

Uma outra versão atesta que os cátaros, um grupo cristão que vivia isolado na fortaleza de Montsegur e pregava uma fé simples, oposta às imposições clericais, ocultavam uma relíquia religiosa de valor muito alto. Mas, em meados do século XIII, os cátaros foram vítimas de uma invasão de cruzados ordenada pelo Papa. Mais de duzentos membros da doutrina foram queimados sob a acusação de heresia e a misteriosa relíquia desapareceu durante a investida dos soldados. Mas não há nenhuma evidência confiável indicando que fosse o Graal.

Neste mesmo período, surgem boatos de que os cruzados que regressavam de Jerusalém traziam consigo uma âmbula contendo o sangue de Cristo; contradizendo e confundindo ainda mais a rota histórica do Santo Graal.

Entretanto, através de estudos arqueológicos e investigações profundas, tomando como base também os primeiros registros literários, foi possível traçar uma linha mais próxima da realidade sobre a trajetória do Graal na Europa e na história.

Inicialmente, nos primeiros três séculos após chegar em solo europeu, o cálice teria ficado na Itália. Por volta do século III, o monge São Lourenço o levou para a região dos Pirineus Orientais, na Espanha. Noutra versão, seria um ermitão de nome Juan de Atares.

Ainda, seguindo a rota sugerida nas obras literárias medievais, principalmente em Parzifal (Wolfram von Eschenbach), o cálice teria sido ocultado no monastério de San Juan de La Penha, na cadeia montanhosa dos Pirineus. Neste ponto há uma conexão real entre a obra de Eschenbach e o relato histórico do monge São Lourenço que conduziu o cálice até os Pirineus.

Ainda tomando por base a obra Parzifal, porém, havendo neste ponto um "vácuo histórico", o Santo Graal passa por Zaragoza e surge, desta vez, na Catedral de Valência, na qual há uma pequena capela, construída no século XIV, conhecida como Capela do Santo Cálice. Neste local, aos olhos dos visitantes mas protegido por um sacrário à prova de balas, encontra-se um cálice ostentado há mais de seiscentos anos como o legítimo Santo Graal.

As evidências científicas atestam que esta relíquia foi produzida entre a segunda metade do primeiro século antes de Cristo e a primeira metade do primeiro século da era Cristã. Ainda, esta peça foi produzida em ágata roxa na região de Alexandria ou Antioquia; mas, posterior-mente, já na Espanha, no século XIII, recebeu adornos de ouro e de pedras preciosas como esmeraldas e rubis, tendo o conjunto uma altura de aproximadamente 17 centímetros.

Portanto, é cientificamente comprovado que o Cálice da Catedral de Valência foi produzido no período e região correspondente à versão cristã do Santo Graal. Mas a Igreja não o aceita como uma relíquia religiosa e também não é possível atestar que seja este o cálice que comportou o sangue de Cristo.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Ilha de Páscoa



A Ilha de Páscoa é uma ilha vulcânica situada na Polinésia, ao Sul do Oceano Pacífico e a 3.700 km de distância da costa leste do Chile, possuindo assim um clima subtropical. De origem vulcânica remete à fusão de três vulcões. O mais antigo deles é o Poike, com seus 3 milhões de anos, seguido pelo vulcão Rano Raraku, de 2.5 milhões de anos e finalmente, o mais novo, chamado de Maunga Terevaka (de 12.000 a 10.000 anos).

A Ilha é famosa por suas enormes estátuas de pedra conhecidas como Moais (cabeças gigantescas talhadas na rocha vulcânicas), estátuas de madeira e tábuas contendo inscrições hieroglíficas. Um dos maiores mistérios dos "Moais", é o fato de pertencerem todos ao mesmo tipo e somente encontrados nessa ilha.

Em 1722, o comandante holandês Jacob Roggeveen, junto com seus marinheiros, desembarcou de seus 3 navios numa das praias da ilha um dia antes do domingo de Páscoa. Por essa razão, no dia 5 de Abril, batizaram-na com o nome Ilha de Páscoa.



Mas a ilha já tinha sido descoberta há séculos, há indícios de que os seus habitantes vieram de alguma ilha do Oceano Pacífico, provavelmente das Ilhas Marquesas e Mangareva. Dizem que a Ilha de Páscoa teria sido parte de um continente desaparecido sob as águas.

Em 1786, o francês La Perouse lá desembarcou e constatou a existência de refúgios secretos e cavernas subterrâneas onde se abrigavam os nativos.

Este viajante percebeu que as enormes estátuas de pedra não deveriam ser apenas ídolos, mas monumentos erguidos em memória de pessoas muito importantes.

As estátuas de Páscoa medem de 6 a 10 metros de altura em média, enquanto a maior delas mede quase 22 metros. Na opinião de Thor Heyerdahl (Aku-Aku, Ed. Albin Michel) e dos arqueólogos modernos, elas foram destacadas dos flancos da montanha - o vulcão Rano Raraku - e puxadas por rampas descendentes chamadas "Caminhos das Estátuas", até seu lugar definitivo.

Em 1956, Heyerdahl tentou com sucesso essa experiência deixando que os nativos usassem somente os meios de que dispunham, a saber: machados de pedras e cabos. Aliás, o mistério não está na maneira em que as estátuas foram esculpidas ou transportadas , mas se refere muito mais ao povo que conseguiu aquele feito e que alguns acreditam ter uma certa relação com o continente Mu.

A maior das estátuas , a de 22 metros , que é chamada "o Gigante", não está separada do flanco do vulcão, mas o arqueólogo americano William Mulloy, que estuda este problema, acredita que ela também seria transportada como as outras.

No lugar podem ser encontradas muitas pontas de lança e machados em basalto duro.

A pedra que serve para esculpir as estátuas é de tufo mais mole. As costas das estátuas eram cuidadosamente polidas para poderem deslizar mais facilmente pelos "caminhos" como se estivessem esquiando.

As órbitas eram entalhadas antes do transporte, mas o olho era esculpido somente quando a estátua chegava em seu lugar definitivo, durante uma cerimônia chamada "Abertura dos Olhos".

Era aí então que a estátua recebia sua vida e sua força, e seu olhar dirigido para o interior da ilha, protegia as aldeias e seus habitantes. Em 9 de setembro de 1888, o Chile tomou posse da ilha definitivamente.

Os pascoenses, como todos os povos polinésios, são extremamente afáveis e possuem um grande instinto musical. Freqüentemente são organizados na ilha bailes tradicionais, seguidos de festejos (sau sau) que fazem a delícia dos visitantes.